Os números oferecem um parâmetro do quão interessante o desenvolvimento de games pode ser para as empresas para gerar visibilidade para as marcas e produtos. De acordo com o Instituto NPD Group - sediado nos EUA, similar ao IBOPE - mais de 122 milhões de norte-americanos (57% da população), sendo quase 44% mulheres, jogam videogames na atualidade e o setor segue crescendo. Em janeiro foi registrada alta de 13% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os perfis dos jogos variam. Podem ser educativos, casuais, esportivos, musicais, entre outros.
Historicamente, a primeira grande ação de marketing para games foi realizada pelo McDonald's, em 1982, quando a rede de lanchonetes premiou clientes com 12 mil Ataris em uma promoção. Hoje, as marcas criam advergames para sites e celular.
De acordo com David Reck, diretor da agência de mídia digital Enken, a utilização de games para promoção de marcas ou produtos é uma tendência bastante forte no Brasil. "Algumas marcas já adotaram os advergames e tem alcançado índices de adesão bastante altos. O aumento das vendas de produtos daquela marca cresce de maneira proporcional", explica o executivo.
Reck conta que o investimento em jogos pode variar entre R$7 mil e R$300 mil. Tudo depende do tamanho do game e da riqueza de detalhes que será empregada no projeto. Por conta disso, o especialista afirma que é necessário realizar um estudo junto à empresa, traçar um planejamento e definir de que forma e quais resultados podem ser obtidos com determinada ação.
O executivo afirma, ainda, que é possível mensurar os resultados obtidos com os games, assim como é feito com qualquer campanha realizada na internet. "Podemos acompanhar o caminho feito pelo internauta dentro do game, avaliar o grau de facilidade encontrado pelo usuário para realizar ajustes em tempo real e até que ponto as informações estão sendo absorvidas pelo jogador", afirma.
Para despertar o desejo do consumidor-internauta a retornar ao jogo diversas vezes, alguns cuidados são tomados. Reck explica que é necessária a criação de um jogo recorrente, em que o internauta tenha que vencer fases ou acumular pontos, participando de um ranking. Desta forma, é estimulada a competitividade do público-alvo, que costuma retomar o game diariamente, mediante informação de login e senha. "Games costumam fidelizar e estimular os participantes. Crianças e mulheres são públicos bastante fiéis a esse tipo de campanha", conta o especialista.
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